Um dia hei-de apagar desta memoria
Esse amor que bebi como veneno
E so depois então cantar vitoria
Rasgando os versos em que me condeno
Um dia hei-se soltar de novo o canto
Ser poema que alcande um outro espaço
Não me quedar aqui neste entretanto
Morrendo na distância dum abraço
Um dia hei-de apagar desta memoria
Esse amor que bebi como veneno
E so depois então cantar vitoria
Rasgando os versos em que me condeno
Um dia hei-de chegar a ser razão
No alto precipicio que dominas
E com golpes de rosto dizer não
Como um cavalo a ssacudir as crinas
Um dia hei-de apagar desta memoria
Esse amor que bebi como veneno
E so depois então cantar vitoria
Rasgando os versos em que me condeno
Um dia hei-de enxugar todo este rio
Nascente no olhar de agua tão fria
Um dia hei-de aceitar o desafio
De te voltar a amar
Um dia umdia
Um dia hei-de apagar desta memoria
Esse amor que bebi como veneno
E so depois então cantar vitoria
Rasgando os versos em que me condeno
E so depois então cantar vitoria
Rasgando os versos em que me condeno