Junto às margens da babilônia
Nos assentávamos e chorávamos
Traspassados e feridos
Quem é que não pode ver
Nossos velhos desonrados
Tão cansados, apagados da memória
Lindas moças, nossas mães
Todas elas tosquiadas, ansiosas
Quem protegerá
O amanhã de quem será
Nossos pequeninos choram
Não há pão, nenhum sorriso que alimente sua pobre infância
Junto às margens da babilônia
Nos assentávamos e chorávamos
Não há canto de alegria
Nós nascemos forasteiros
Nós vivemos sempre escravos e é certo
Morreremos estrangeiros
A menos que seja verdade
O socorro tão falado pelos velhos
O promessa tão sonhada entre as moças
A história que preenche de esperança nossos filhos
Junto às margens da babilônia
Nos assentávamos e chorávamos
Quem pecou levado foi ao cativeiro pra chorar
Pra morrer,a menos que