Dizem por aí que tem mais brabos
Fizeram de tudo eu discordei
Sempre dei um rolé pelo meu bairro
E pelos becos do meu gueto eu nunca te encontrei
Dizem por aí que tem mais brabos
Fizeram de tudo eu discordei
Sempre dei um rolé pelo meu bairro
E pelos becos do meu gueto eu nunca te encontrei
Verso 1: sant
Faz uma semana que meu primo me ligou
Dizendo que ouviu um rap na rádio
Mas não era nosso
Nossa quase que eu desligo
Faço mais que posso
Mas nem sempre consigo
Mas nem sempre só ossos
Sustentam essa carne
Então a mente discerne
É um jogo de negócios
Coração na fronteira
Verdade não tem visto
Então pra furar o bloqueio
Invisto o dobro da barreira
Cubro novos lances
É o velho ditado
Já foi premeditado
O sol a filhos de luz
Bem me quer flor de lis
Prêmio pro flow de ás
Amor vivo em nós
Apresenta quem fez
Hein
Refrão: sant
Dizem por aí que tem mais brabos
Fizeram de tudo eu discordei
Sempre dei um rolé pelo meu bairro
E pelos becos do meu gueto eu nunca te encontrei
Verso 2: diomedes chinaski
Pergunta na praça de jardim paulista
Pergunta aos comparsas lá de mirueira
Pergunta na entrada da estrada do frio
Perto da br ou subindo as ladeiras
Pergunta aos amigos lá no seminário
Ilusão terminal ou blv
Meu som representa pergunta a tigão
Riquinho meu povão eles vão te dizer
Pergunta a lo poema liricista
Neto teco e mr cínico
Tufão hamoud todos da chave
Nós não é químico nós é alquímico
Pergunta em sítio fragoso
Um salve aos comparsas só cabra estiloso
Caio meu primo geral do kombat
Favela do corgo eu não sou mentiroso
Alô pros comparsas que tão na prisão
Só das banda de cá tem quase um pavilhão
Não sou crime minha letra é um filme real
Sobre o bairro e sua destruição
Pergunta a danilo cometa a japa lagoa
Vertinho leozinho se não sou real
Piso nas ruas de fato
Salve charada opj lá no litoral
Chave mestra é essência nego
Meu público que eles rejeitam
Hoje o rap excluiu a favela
E é essa parada que a gente não aceita
Não vejo ação cultural
Vejo só apropriação cultural
Brancos ricos podem fazer rap real
Mas isso não pode ser tão cultural
Meu rap tem cor sim a favela tem cor sim
Meu sangue tem cor sim
Quando o gati entrava lá na rua
Os alvos dos tiro era gente de cor sim
Quilombo de malunguinho
Isso não é só referência
Às margens do rio paratibe
A história da minha descendência
Meu avô foi o preto foda da cidade
Se camuflou na mata e não peidou pros militares
O exército nas ruas ditadura em minha cidade
A arte da tortura a mandado dos czares
O que vejo agora é a desgraça de fato
A maldita volta de '64
Falsos mcs vão fechar com os olavos
Nós seremos assassinados
Vocês já tão prontos pro palcos
Só que ainda nunca leram malcolm
Mcs jonhson jonhson
Tá pensando que essa p**a é talco
E quem é o mais brabo nego
Interlúdio: diomedes chinaski
E aí léo popó pensou que eu ia te esquecer nego
Eu dedico todo esse verso a você nego
Chave mestra baby
Verso 3: sant
O primeiro tomou na cara (na cara)
O segundo tomou nos peito (nos peito)
Pros dois caminhos que tu encara
Lembra: regra um vai ser respeito
Levada quente magma
Quiseram frente eu sou ragnar
Bomba na mente à la bagdá
Tem mais no pente da magnus
Na mão é esporte eu vim maguila
Sorte não tente agora agourar
Queimei seus dogmas
Pediram água eu de minha adaga
Omundoaonorte: a insígnia sagrada
Imaculada até o fim da saga
Meu sacro ofício alguém vai indagar
Que o treinamento não foi sufi
Ciente que se fosse seria tão doce
E o que eu quero é amargar
Agradar hum quem diria
Mais quantos raps dessa sacada
Viriam antes d'eu me jogar
Gelar quem me julgar
Vê lá se tem mais como
Eu nem durmo
Protegendo a jugular
De mim mermo
Quem vai garantir o jantar
Sou leão
Caças vão se adiantar
Se esse verão virar
Sobreviva e verá
Quer mais ou tá bom já
Pelo andar da carruagem
Hoje a pista vai salgar
Tua pose de brabo é bobagem
Vou bota pra desfiar
Mas se desafiar não pode desafinar
Desfilo na rima rasteira
E meia dúzia caiu já
Pisque e não pesque
Não há o que ofusque
Ln e chinaski
Sabe que é nós que tá