É calor de mês de agosto,
É meados de estação.
Vejo sobras de queimada..
E fumaça no espigão..
Lavrador tombando terra,
dá de longe a impressão.
De losângulos cor de sangue,
desenhados pelo chão...
Terra tombada é promessa,
de um futuro que se espelha
No quarto verde dos campos,
a grande cama vermelha..
Onde o parto das sementes
faz brotar de suas covas
O fruto da natureza
cheirando a criança nova..
Terra tombada,
solo sagrado chão quente..
Esperando que a semente,
venha lhe cobrir de flor..
Também minha alma,
ansiosa espera confiante..
Que em meu peito você plante..
A semente do amor..
Terra tombada é criança,
deitada num berço verde
Com a boca aberta pedindo
para o céu matar lhe a sede..
Lá na fonte ao pé da serra..
É o seio do sertão..
A água, leite da terra..
alimenta a plantação...
O vermelho se faz verde,
vem o botão vem a flor
Depois da flor a semente,
o pão do trabalhador...
Debai o das folhas mortas,
a terra dorme segura
Pois nos trará para o ano
um novo parto de fartura..
Terra tombada, solo sagrado chão quente
Esperando que a semente,
venha lhe cobrir de flor
Também minha alma,
ansiosa espera confiante
Que em meu peito você plante..
A semente do amor...
Também minha alma,
ansiosa espera confiante
Que em meu peito você plante..
A semente do amor...
Criado por: Daysyn Araújo