menu-iconlogo
logo

Histórias de um 38

logo
Letras
E aê, e aê?

Favela Cria

É a tropa, é o bicho

L.O.R.D

Uma canetada será salva

Segue o cheiro da pólvora pro gosto da palavra

Menor exportando livro é o saber que mata

Ver os verme racista de terno, no planalto abaixado dentro das sala

Da ponte pra Suíça, do BM pra Miami

Quem brigou briga de rua tá suando no tatame

O primeiro soco, a primeira palavra, escreve o nome, mostra memo

Podem nos bater que um dia nós responde

Entre a carga de galho e o beat do Indião

Eu compro um silenciador ou um microfone

Tipo comia o que quiser quando quiser, irmão

Mas foi só no peito do rap que eu matei minha fome

Eu pichei muro e usei droga na hora do recreio

Nem sempre nota 10, mas sempre o respeito da tia

Me relevaram falaram pra multidões e nações

Eu falava creio, prove ao Favela Cria

Baseado nas histórias do 38 que eu tive

Vi que o tiro mais certeiro que eu dei foi Favela Vive

Como é que meus amigo fala memo? Engole o beat

Se foi o tempo da dor, chama grana e chove hit

Em Poesia Acústica eu falei de amor

Fui julgado por quem nunca soube o que é o tráfico

Quem me viu na alegria não me viu chorar

Na vitoria veio, mas sei quem sempre ficou (Yeah)

Então anota a placa ou sai do barraco, entro na sua mente

Implanto o que tem na favela só pra ver se tu lembra da gente

Ou também crente, pai ausente, filho não sente a maldade na mente

Ligeiro com a p***a dos cop, soldado na linha de frente

Escrevi essa p***a aqui com fome, então te confesso

Favelado lapidado, com chuva de papo reto

É que eu não sou o diablo nem o Pablo

E o que pra vocês valem milhões pra nós não vale nem centavo

Eu vou te explicar o que tá valendo

Viemos pra explodir você caso tirar o riso do Enzo

A vida é um veneno, pangoto tá morrendo

Vale mais sua mesa cheia que seu nariz escorrendo

Sem mancada acendo incenso, adivinha o quanto que eu penso

Vou transar que dessa forma os meus demônios eu venço

Isaías 10, filho de Deus com ele na frente, luz no breu

Não acolheu papo morreu, tá nas estrela é seu, é seu

Então valeu, valeu, já deu pinote, corto giro e nós no corte

Reconhecido desde longe, pelo cano do coiote

Era eu, Pedrin e Biel no play, levei o bagulho a sério

Deixando a sua mancada enterrada no cemitério

Na visão vocês tão cego, meu coração de concreto

Lapidado na maldade, só pra não virar objeto

Dividindo o mesmo teto, tem amigo, fica esperto

Te abandonou na primeira quando acabar seu tempo

São notícias de uma guerra particular

Entre uma Bíblia ou uma AK, entre morrer ou matar

Entre perder ou ganhar, entre bater ou apanhar

Não dá pra pensar duas vezes e nem com a sorte contar

Isso é vida real, gueto cotidiano

As estrela no céu, os traçante passando

Pela selva urbana, qualquer viela escura

Foda-se a viatura, tô de Glock na cintura

Cheguei em casa mais de uma semana

Cinco dia sem conseguir dormir

Porrada sonora, dentro dos seus corno

Cão de briga, Jet Li

Duzentos por hora, tô sem freio, sai da frente (Piuí)

É o trem bala, maria fumaça, tic-tac (Piuí)

As ruas têm cheiro de gasolina

Em toda esquina tem cocaína

Inferno tropical, América Latina

Favela Cria, América Latina

Sou filho da Dona Valéria

Bença, até que enfim me reconheceram

Como pitbull da cena

Postura pra tudo, respeita a minha vivência

Os verme tão forjando um enquadro blitz na principal

Deram no rádio, mas eu sou de raça

E não vou de ralo, várias caozada no passado

Quem tem amor à vida segue as regras do bairro

Se tu roubar aqui morre

Se tu bater em mulher morre

A consequência é solução pra atitude

Você escolhe o que sofre, pense bem,

São apenas relatos do que eu vejo

Rio de Janeiro é tiroteio nos beco

Só favelado me entende

Ande nas ruas sabendo a diferença de nós e a gente

Rezo pela vida dos meus faixas

Tu não sabe a sensação de ter um amigo privado

Erram o tiro, inocente é baleado

Não vejo a hora da "Lili" cantar aqui fora

Eu grito no mic: "Real underground, liberdade GTA"

Eles portam colete num clipe de rap

Mas os cria que se arrisca mesmo tá sem camisa devendo

No Artigo 157 quem não é preto

Tomo cuidado pra não pisar na poça de sangue

Tô acostumado

Realidade combina com o rap e o funk