A Cidade Trovão, um zumbido
No fundo do ouvido, explosão
Amanhã que apodreceu
Já morreu no seu olhar
A Cidade Sertão, inimigo
Um latido de cão esquecido
No porão da cidade que explodiu
Minha felicidade sem pavio
Um choro de neném
Caído no quintal
Capítulo final
De um mundo sem ninguém
A Cidade Ruim, cidadão
Seu ruído sem fim, arrastão
Arrastando a tempestade
De poeira e solidão
A Cidade País não varreu
Sua pele de giz, derreteu
A cidade sem chão vai desabar
Desaguar no seu rio, cicatriz
Espalhar a fuligem
Sobre a nossa cabeça
Pra que só nunca esqueça
Era tudo vertigem
A cidade sou eu, não sou eu
A cidade sou eu, não sou eu
A cidade sou eu, não sou eu
A cidade sou eu, (não) não sou eu