O medo é a sonorização da violência, dispara por toda terra
Habitado o crime, o mal se instala, mas quem sou eu
Pra mudar, a violência é uma doença que só deus, só deus vai curar
No ar, meu dia a dia o colapso geral
Mistura de terra de sangue e de classe social, é fatal, fatal
Quando é dia o céu escurece
É mais um temporal que a favela nunca se esquece
É uma espécie de dor constante, o dente cariado
E a boca da sociedade é podre, cheia de dente estragado
Por trás das obturações de ouro, o ódio e rancor
Do pobre que extraiu pra aliviar sua dor
Periferia, vai lute em vez de se entregar
Vamos atacar com raciocínio em vez de se matar
Sem desacatar a lei dos 'homi' iniciar
Uma luta sem trégua contra a miséria e a fome pra evitar
Que a mente má maligna de um mano que por ganância
Extermina o pai e a mãe e o irmão só pra ficar com a herança
E no cidade alerta é só desgraça o tempo inteiro
Vejo meu filho, quatro anos bate o desespero, é f**a
Ver os meus mano se matando entre si, é f**a
Ver que ninguém faz nada pra impedir
Aqui é moda andar com uma 'pt' na cinta, se armar
Não sei se é medo de morrer ou intenção de matar
Trá ta rá ta ta ta rá ta ta ta pá
Corre tiro na madrugada, bala perdida
Grito, morte, bala direcionada
E no dia seguinte corpos caídos se vê
Eu sigo a lei do silêncio, não sei
Não quero saber de me envolver e romper a barreira do anonimato
Baseada no fato de e**o e assassinato
Delato é morte no ato, o desacato
É ter que ser como alguém que não fala, não ouve, que não vê
Preto aplick ch no dia a dia da periferia
Seguindo minha caminhada, driblando as patifarias
Consciente do que é certo ou errado
Psicologicamente estou preparado
Se for preciso eu atiro, puxo o gatilho, dou tiro
Não subestimo, admiro aqueles que têm humildade no peito
Mas, sujeito, respeito vem em primeiro lugar
Por falta do respeito veja como está
Calibre na mão, doze entupida até os dente
Treze no pente, vem pra apagar
Vai apagar, exterminar, lavar as ruas de sangue
Inimigos próprios, semelhantes
Vejo no olhar, maldade tão grande que se espalha no ar
Vontade de matar, se matar lentamente
O homicídio subconsciente
Gi
Nas ruas de sangue o perigo é constante
O olhar significa mostra o grau
Do
Lei, periferia, tragédias
Homicídios, covarde, falsário
Toma sua cota por não respeitar a área
Deixou a humildade de lado
Muitos homens se esquecem, desunião prevalece
Sentido de morte, prisões, entorpecente
Que adianta
Guerra com nós chora menos
A ganância existente de chumbo
Lutar contra tudo
Violência, polícia, é carta marcada
Apoiados por um sistema filha da p**a, covarde, canalha
Periferia, o sangue escorre
Periferia, o sangue escorre
Periferia, o sangue escorre pelo asfalto
Periferia, o sangue escorre
Periferia, o sangue escorre
Periferia, o sangue escorre pelo asfalto
Rios de sangue, ruas de sangue
Você sabe o endereço
O preço, o preço, um alto preço
De nada vale sua respiração, ladrão
De nada vale o tic tac do seu coração
Traição, medo, cagueta não guardou segredo
Frente a frente com o juiz sem final feliz
Vida tensa, sentença, condenação
Essa história pode ter outra versão então
A rua sem asfalto, o camburão de farol alto
Sem estrutura acreditando no assalto
Falhou, acabou, vai ver o sol nascer quadrado
Descobrir o que é solidão
Sentir na pele é a mais cruel punição
O abandono, noite sem sono
O inimigo ao lado, lembranças do quarentão lotado
Jogue fora esse diploma
Futuro
Vergonha não é ter celular, computador
Estudar, batalhar, se formar doutor
Vergonha é ver o trem da injustiça a todo vapor e
Cada um pode ter, pode ser o que quiser
Eu sou, tu és, ele é, então parceiro, vai na fé
Ligado a todo instante
Sobrevivendo nas ruas de sangue
Mais um vitorioso
Trilha sonora som cabuloso
Ch, hc, gog
Só criminoso, cena do crime, visão de rua