Abre o peito miguel vem
Quando me lembro dos pagos nos dias de castração
O laço corria frouxo o mate de mão em mão
O potro bravo berrava pra se escapar pelado
Mas na porta da estratégia novinha serviço no chão
Me lembro da tia picucha que era surda de um ouvido
Andava sempre brigando com um fogão velho e entupido
Chegava de mentira dava tudo de bandido
Se vivia na peonada cuião de touro e cipó
Enquanto os homens
Quando ouviam a véia ficava em pé gritava de vez
Em quando se sirvam quando quiser não nos serve
Se de bom dia tem mais peão pra quem quer
Sempre a tommy da vontade
Agora é a vez das muié fui caô
E as filhas da laudelina
No salão de uma brincadeira
Dançavam com todo mundo
No surungo a noite inteira
E a gaita do belizário
Com fome com uma poeira
Levantava a saia delas
No balanço da vanera
Abraço regis
Valeu imunizar
Eu tô chegando de à cavalo companheiro
Passei o mês inteiro com vontade de dançar
E as filhas da chimbica florisbela
Já tão com o mate de espera
Louca pra nos ver chegar
Ai seu gaiteiro capricha no fole que eu quero dançar
Depois vou levar a morena pra fora
Por nossa senhora hoje eu vou namorar
Ai seu gaiteiro capricha no fole que eu quero dançar
Depois vou levar a morena pra fora
Por nossa senhora hoje eu vou namorar
De metrô
Templada acende a fumaça dos fogões de acampamento
Quebrava queixo de potro e um chapéu de contra o vento
Enraizado no basto dali eu tiro o sustento
O campo velho é uma alma razão vida e sentimento
O rio grande me criou é o meu mundo é o meu destino
Por isso razões me sobram pra o meu viver campesino
Sobre o lombo de um cavalo de menino
Ontem criei coração
Sempre campeiro desse jeito morrerei