Parecemos peixes presos nessas redes
Somos pássaros que já não voam mais
Hoje as gaiolas são essas paredes
Escravos de prazeres artificiais
E eu quero me livrar daqui
Juro mano que eu vou pular
Só pra ver se ainda sei voar
Ou será que já desaprendi
E quando o mundo acabar
Nos veremos numa estrela por aí
Quero morar numa cabana
Mas são paulo é uma savana
Nessa guerra insana
Cuidado vivemos num abismo irmão
Não vai confundir que a terra que é plana
Penso logo existo não nossa mente nos engana
O sol não pensa mano
Mas diz mais do que qualquer filosofia humana
Por onde vou me vejo mas nunca me acho
Se eu não tiver nunca me encaixo
Ou eu fujo ou eu finjo
Que eu tenho pra fingir que sou
Quero me livrar de tudo que
Eu tenho pra saber quem sou
Já não sei quem sou mano eu nada sou
Tudo bem se sentir pequeno é tão libertador
Quem joga os dados
Não quem são os donos dos dados irmão
Cavalos dados não olhamos os dentes
Nós somos culpados
Teleguiados jogando às cegas
Não jogamos nós somos as peças
Somos asseclas não somos as mãos mas as teclas
Controlados por mentes acéfalas
Doentes por cédulas
Não vemos o espinho só pétalas
Não vemos a concha só pérolas
Pera lá também quero as
Mas a ansiedade nos mata na véspera
Quando a solidão me envolver com seu véu
Tenho a sensação que só quando
As raízes chegarem no inferno
Minhas folhas poderão alcançar o céu
Eu quero me livrar daqui
Juro mano que eu vou pular
Só pra ver se ainda sei voar
Ou será que já desaprendi
E quando o mundo acabar
Nos veremos numa estrela por aí
Quebre esse ovo pra nascer de novo
Sai do casulo
Cave esse túnel mesmo no escuro
Embaixo de todo deserto existe um oceano eu juro
Quando cê nasceu cê chorou sem saber
Que era a vida te dando ar puro
Eu não sei do futuro mas te asseguro
O sol ainda brilha atrás desse muro
Sou como uma ostra na concha
Fazendo jóia com areia
Sou pablo escobar construí minha própria cadeia creia
Posso ser livre até numa casca de noz
Mas é nessa casca de nós
Que a verdadeira liberdade se semeia
Quando isso tudo passar te encontro numa estrela
Não quero tela quero tê la
Parecemos peixes presos nessas redes
Somos pássaros que já não voam mais
Hoje as gaiolas são essas paredes
Escravos de prazeres artificiais
E eu quero me livrar daqui
Juro mano que eu vou pular
Só pra ver se ainda sei voar
Ou será que já desaprendi
E quando o mundo acabar
Nos veremos numa estrela por aí