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Impávido

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Nos deram livros, poetas e planetas

E eles só pensam em tretas nas letras que eles escrevem

Deve ser o vazio, a valsa que nos apraz

E torna tudo tão esquema

Igual a ponto de sermos ego

Eu carrego o cheiro da minha mãe na mente

Ele sumiu das roupas

Rapaz da vida em prosa, rosa e a dor ardida

Ainda que não volta, as mãos que apoia rosto

Na fração que a vida bateu e nos deu só breu

Pós, só dó

Deus, logo chama a filha, agora é com você

E eu vi tumultos e discursos meus

Por frestas tão pequenas, festas obscenas

Pedi paz na andança, paz de criança

Eu vi mais que esperança, erga sua taça

Parei no meio do caminho e olhei pra trás

Meus outros manos foram todos, longe de mais

Depressão tornou riqueza tão ineficaz

E eu fecho a porta da minha mente, barulho demais

Dia a dia, ano a ano, mais longe do cais

E eu fecho a porta da minha mente é barulho demais

É tipo amar alguém de longe, eu observo a cena

Foram anos imperceptíveis, mil problemas

Vocês nunca olharam o norte, p**a, tira a venda

O corte mais profundo tá na alma, lembra?

Em noites que escrevo, aprendo

Hoje eu sorri pro rio negro (wu)

O coração despedaçado, eu remendo

As carpas crescem de acordo ao tamanho do córrego

E eu vou crescendo paralelo ao cosmos e o espaço e o tempo

O hipócrita não lê o que tecla

Esforço é mérito, público sem sal, sensato, sem cérebro

Estou sem saco em ser célebre, sincero

Coisas que poucos no meio do rap conseguem ser

Sorrindo lendo comentários do tipo

Achava que era o xamã do rio

Yeah, nada contra

Incontestável o talento e a proporção dos views

Yeah, vocês não ouviram os beats do dalsin, o disco do barril

Yeah, quem veio primeiro, isso não é sadio

V. xamã da cidade onde não faz frio

Quem colou na praça me viu

Na cidade onde neva, mas nunca faz frio

Eu paguei pra cantar, eu burlei meu destino

Ouvi dizer que tem políticos fechados com o crime

Num cenário paradisíaco proibido

Onde o apoio à arte é escasso ou nunca foi visto

Onde o apoio à arte é escasso ou nunca foi visto

Onde o apoio à arte é escasso ou nunca foi visto

O preço que eu pago, é nunca ser amado de verdade

Ninguém me respeita nessa cidade

Subi a superfície, os olhos ardem

Me diminuí pra quem não faz metade

Nem se eu fosse covarde

Profundo além margem, onde linhas rasgam kits

P**o em telas não tão belas

Imagens dessas novelas não valem

Luan santana mixtape, meu longa metragem

Sem perna curta ou pilantragem

Léo, odeio cypher, deitando bases por lazer

O beatmaker com os verso que cê quis fazer

Amante dessa arte, nunca diz o que cê quer ouvir

E antes de escrever na folha tem que ser e sentir

Sinantrópico na disneylândia

Traz swag pra quem gosta com swing de quem manja

É uma surpresa esse talento que o menino esbanja

Causando o fim do choro, sem tesoura

Estranho cortando franjas

É, eu sei cês esperavam o klyn rimando em beat de trap

Mas tem coisas que nós não escolhe, só acontece

Views vai abusar da minha liberdade nesse rap

Aproveita que é de graça, tô aqui, ouviram suas preces

Meu voo é alto, pra enxergar o topo, olho pra baixo

O rap tá tão sujo, ego lá em cima e moral lá embaixo

Caô de internet vem na mão que eu te mostro quem tá fraco

Recayd mob é clã, vocês são mc frustrado

Ostentando milhões de flow, com um cérebro, porque sou gênio

Música pra pagar conta, não kit da adidas, eu dispenso

Tão se matando pra ter mensagem, eu calmo no entretenimento

Quando vocês vão aprender que pra ser bom aqui

Não basta ser preto?

Nasci pra ser assim, viver assim, morrer assim

Tipo Jesus klyn, malcom klyn, martin klyn, tupac klyn

Vem 'nimim', eu mesmo sem prepotência, e é só talento

Tô dando aulas nesse boombap e olha que aqui, eu nem tento

Tudo aquilo que eu perco vocês acham

Por isso engordam no problema

Se o hip-hop é uma droga, eu vou ter overdose nesse tema

Eu e Jovem santi na mesma cypher, pode pá que é treta

Meu rapcídio é canetada, desculpa a polêmica

ATF na casa, PJL pro rafa

É diadema no mapa, dia de matar um cypher

Tenho fome de rima, mas sofro de bulimia

Eu as vomito no beat, seus rap me dá azia

Prefiro pagode, rodriguinho é tipo engov

Eles fã do XX, eu do dodô do pixote

Tô sem tempo pra briga, que se dane os rap n**a

O que interessa é a bunda dela e meu disfarce em dia

Yeah, eu e klyn na mema track, isso é recayd party

Os fã de rap dizem santi, nunca pare

E eu nunca paro até comprar um camaro

E eles me compararem com o zezé di camargo

É, se sinta representado

Um jovem negro, chegando longe sem ninguém pra fazer ponte

Me sinto privilegiado

De lek zica rodeado, r**� refém do meu bonde

Yeah, yeah yeah

Rapbox, casa1

Jovem santi e ATF

Yeah, yeah yeah

Isso é recayd, sai da frente

Não encosta no meu dread

Impávido от Victor Xamã - Тексты & Каверы