Três, dois, um, e o olho esfarelou Num sono só, sonambulou, esmoreceu
E a moça arremessou seu corpo ao céu vazio Num aço vio, ouviu a moça zunzo o som
da brisa lhe chamar
Veio um pé de vento num varal A roupa nos tirou pra dançar
Sem roupa lavou um tê por aí Virava meia volta no quintal
Passageira, passa a calha Passa a passar a singela
Linda ali na beira do luar, a água desenhar Círculos e a diva adivinhar
Os sinais, cheia de ideias e ternura Por a partitura lá no céu e a diva adivinar
Pêndulos e a vida revirar as marés Pupilas dilatadas pelo som das estrelas
Triplicadas em constelações E três, dois, um, e a moça ameaçou
Se levantar e espreguiçou seu desvario E ainda ouviu o som da valsa das marés
Mexendo os pés, passou da porta Então ouviu o mar chamar
Esmalhar