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Ruas de Sangue

Visão De Ruahuatong
boxiboxihuatong
بول
ریکارڈنگز
O medo é a sonorização da violência, dispara por toda terra

Habitado o crime, o mal se instala, mas quem sou eu

Pra mudar, a violência é uma doença que só deus, só deus vai curar

No ar, meu dia a dia o colapso geral

Mistura de terra de sangue e de classe social, é fatal, fatal

Quando é dia o céu escurece

É mais um temporal que a favela nunca se esquece

É uma espécie de dor constante, o dente cariado

E a boca da sociedade é podre, cheia de dente estragado

Por trás das obturações de ouro, o ódio e rancor

Do pobre que extraiu pra aliviar sua dor

Periferia, vai lute em vez de se entregar

Vamos atacar com raciocínio em vez de se matar

Sem desacatar a lei dos 'homi' iniciar

Uma luta sem trégua contra a miséria e a fome pra evitar

Que a mente má maligna de um mano que por ganância

Extermina o pai e a mãe e o irmão só pra ficar com a herança

E no cidade alerta é só desgraça o tempo inteiro

Vejo meu filho, quatro anos bate o desespero, é f**a

Ver os meus mano se matando entre si, é f**a

Ver que ninguém faz nada pra impedir

Aqui é moda andar com uma 'pt' na cinta, se armar

Não sei se é medo de morrer ou intenção de matar

Trá ta rá ta ta ta rá ta ta ta pá

Corre tiro na madrugada, bala perdida

Grito, morte, bala direcionada

E no dia seguinte corpos caídos se vê

Eu sigo a lei do silêncio, não sei

Não quero saber de me envolver e romper a barreira do anonimato

Baseada no fato de e**o e assassinato

Delato é morte no ato, o desacato

É ter que ser como alguém que não fala, não ouve, que não vê

Preto aplick ch no dia a dia da periferia

Seguindo minha caminhada, driblando as patifarias

Consciente do que é certo ou errado

Psicologicamente estou preparado

Se for preciso eu atiro, puxo o gatilho, dou tiro

Não subestimo, admiro aqueles que têm humildade no peito

Mas, sujeito, respeito vem em primeiro lugar

Por falta do respeito veja como está

Calibre na mão, doze entupida até os dente

Treze no pente, vem pra apagar

Vai apagar, exterminar, lavar as ruas de sangue

Inimigos próprios, semelhantes

Vejo no olhar, maldade tão grande que se espalha no ar

Vontade de matar, se matar lentamente

O homicídio subconsciente

Gi

Nas ruas de sangue o perigo é constante

O olhar significa mostra o grau

Do

Lei, periferia, tragédias

Homicídios, covarde, falsário

Toma sua cota por não respeitar a área

Deixou a humildade de lado

Muitos homens se esquecem, desunião prevalece

Sentido de morte, prisões, entorpecente

Que adianta

Guerra com nós chora menos

A ganância existente de chumbo

Lutar contra tudo

Violência, polícia, é carta marcada

Apoiados por um sistema filha da p**a, covarde, canalha

Periferia, o sangue escorre

Periferia, o sangue escorre

Periferia, o sangue escorre pelo asfalto

Periferia, o sangue escorre

Periferia, o sangue escorre

Periferia, o sangue escorre pelo asfalto

Rios de sangue, ruas de sangue

Você sabe o endereço

O preço, o preço, um alto preço

De nada vale sua respiração, ladrão

De nada vale o tic tac do seu coração

Traição, medo, cagueta não guardou segredo

Frente a frente com o juiz sem final feliz

Vida tensa, sentença, condenação

Essa história pode ter outra versão então

A rua sem asfalto, o camburão de farol alto

Sem estrutura acreditando no assalto

Falhou, acabou, vai ver o sol nascer quadrado

Descobrir o que é solidão

Sentir na pele é a mais cruel punição

O abandono, noite sem sono

O inimigo ao lado, lembranças do quarentão lotado

Jogue fora esse diploma

Futuro

Vergonha não é ter celular, computador

Estudar, batalhar, se formar doutor

Vergonha é ver o trem da injustiça a todo vapor e

Cada um pode ter, pode ser o que quiser

Eu sou, tu és, ele é, então parceiro, vai na fé

Ligado a todo instante

Sobrevivendo nas ruas de sangue

Mais um vitorioso

Trilha sonora som cabuloso

Ch, hc, gog

Só criminoso, cena do crime, visão de rua

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