a palavra centauro galopa na boca
aquecendo a semente que só o fogo germina
igual no solo do cerrado
só que debaixo da língua
germinado
o fruto faz falar o fogo
arde no delírio do signo
endereça quenturas e sai por aí
em forma de canto
tornando algo em outra coisa
quando vai ver, já é
e quando repara, já foi
a carta de fogo é a ponta de lança da poesia