menu-iconlogo
logo

R.U.A 2 (Poetas da Babilônia)

logo
歌词
Yeah (oh)

Ok

Eh, yeah

Yeah

(Oh-oh) ok

Chegamo no piano, picadilha Beethoven

Se o papo fazer a curva, meus manos nem ouvem

Rap veio do gueto, então tirar de lá, nem ousem

O gueto é santuário da cultura, louvem

Verdades são verdades, não encare como insulto

Já me senti um macumbeiro, na igreja, no culto

Já me senti como um intruso no meu habitat

Pode pá', que os sonhos no túmulo, geram tumultos

Acúmulos de cédulas, as dívidas, os cálculos

As pólvoras, as pétalas, bem-vindo ao espetáculo

Cansaço dos músculos, cansaço na retina

No escuro dos óculos, disfarce na rotina

Grana, quero ela, sem pala, senzala já foi

Quero grana e o tempo pra gastá-la

Dei dois, surfei, tô no pique do Medina

Nessa onda me curei, música, medicina, uau

E o que restou do paraíso

Drogas e um drinque no inferno

Que o clássico toca igual hit

Que valha milhões, meu caderno

Caçando demônio de terno

Caneta pesada, compondo me interno

A moda te torna famoso

Sua escrita te torna eterno

Sem apoio paterno, mainha foi guerreira

Tudo que ela dizia, virou hino pra vida inteira

Mais alto do que falador, o grito da dona saudade

Posso ter o mundo inteiro, sem você, falta metade

Quanta mãe solteira passando necessidade

Virar o zoinho é bom, difícil é ser pai de verdade

Ser pai não é pra covarde, que faz sem assumir

Mas se a mina abortar, sociedade vai destruir

Meu filho é comedor, virou herói do meus truta

Minha filha é vagabunda, se tá na balada de saia curta

Curar nosso machismo, mudar nossa conduta

Quem pode determinar quem é santa e quem é puta?

Já passou da hora de aceitar a diferença

Num mundo imperfeito, preconceito é uma doença

Que suja nossa alma, planta trauma, separatismo

No campo, me concentro, pra derrubar o nazismo

Salve o vandalismo, largamos letra criminal do Muller

Rap cereal Kellogg's, Nocivo serial killer

Vocês têm Camaro, Rolex e mansão

Mas nunca conquistarão o respeito do Facção

Sopro de destruição, universo no verso, implica

Mente dos menor, terra fértil, vocês plantando titica

Todo mundo é foda, todo mundo é pica

Mas quem liberta a coroa escrava, de madame rica?

O microfone é minha espada, e minha guerra é santa

Minha escrita é tão sagrada, que é cantada em mantra

Minha palavra é afiada, corta até garganta

Minha caneta é tão pesada, nem o Thor levanta

Na madrugada fria, caminhando pela city, nos breus

A noite inspira poesia, eu faço um feat com Deus

Penso numa rima, ele completa

Às vezes, tenho a impressão que ele tá aqui

De calça larga e aba reta, poeta

I see the signs

Deus não me escreve por linhas tortas

Escreve com punchlines

Metáforas em rhymes, até em braile ele rima

E eu me pergunto, a vida tá escrita

Ou é ele fazendo um freestyle lá em cima?

O futuro me assombra

O futuro é que nem minha sombra

Por mais que eu tente, ele tá sempre um passo a frente

Na próxima esquina ele me tromba

Já disse um amigo

Não mexa com o futuro

Pois quando ele acordar

Quem vai dormir é seu presente

Eu tenho em mente que a jornada da vida é feita sozinha

E que no fim das contas, a responsa é só minha

E cada verso que eu rabisco, é minha vida em risco

Por isso que eu não desperdiço uma só linha

Brazza, ADL, Rincon, Leal e Shomon, no mesmo som

É tipo juntar Curry, Durant e Lebron

O flow do BIG, num verso do Gil Scott-Heron

Ares e Poseidon, poetas da Babylon

Cavaleiro do Zodíaco, vindo pra acabar com MC Pokémon

Meus manos me chamaram pra gravar um som

Pra mim, fazer um som é como a droga crack

Te leva ao prazer ou à destruição

Por isso, eu penso antes de escrever minha parte

Favela tá lotada de notícia ruim

O tráfico seduz, matou Jefin', prendeu Junin'

As armas fizeram chorar tia Cláudia

E quem não conhece a causa

Leva o conselho pra casa, parceirin'

Bebidas fizeram sangrar mulheres

Que não eram como vocês querem

Julgadas pelo que vestem

E ainda que não deixem que elas falem por elas

No lugar delas, o lugar delas são elas que sabem

O dele, hoje, é na laje, tá plantando atividade

Dez de idade, ele é adulto, a mãe dele tá no culto

Pai dele, em algum lugar do mundo

Ele quer que se foda, aperta o fumo

Um pivete, uma responsa', e tu velho, não toma um rumo

Então, meus manos me chamaram pra gravar um som

Mas pra mim, gravar um som é como um tiroteio

Quem não sabe o que falar, acerta um inocente

Mas quem sabe, acerta o coco desses verme, em cheio

(Na-na, oh-oh)

Linhas abrigam o castigo

Eu reflito sobre o momento

Agora fazer m***a é fácil, né?

Só arrumar argumento

E quase vomito vendo falsidade

Amargurado, com os dentes a mostra

Olha pro lado, num olha no olho

Sorri, só que fala quando eu viro as costas

A garrafa cheia, igual peito de lágrima

Carteira vazia, normal, até porque a mente também 'tava

Mas hoje não trava em qualquer lugar

E sempre vai ser hino

Pros Jim Carrey do rap, ter um dia de Al Pacino

Pelo ensino estadual igual dos boy

É isso memo'

Porque não estuda, também lava prato

E pro favelado, poder sem dinheiro

As damas primeiro, junto com as crias

O segredo da vida é não viver com medo

Cê não sabia? Conselho de amigo

Mente vazia, oficina é o governo

Dívida fora é um clássico, e adora sumir com imposto

E te faz sentir o máximo de vergonha no rosto

Desequilíbrio social, normal, acompanho de perto

Se for Marinho, seja Eduardo, e não o bosta do Roberto

Faz Criança Esperança e patrocina assassinato

Onde ele pôs a mão corrupção virou um fato

Manipula a política, até compra mandato

Vai OR, fala memo', e pau no cu se é desacato

Seja o que você quiser

Não importa onde ir, só saber chegar

Antes de falar, eu tive que ouvir

Pode suplicar, tudo acontece quando tem que acontecer

Eu sou DK-47 a 700 por minuto

Eu decapito os inimigo, e faço eles de adubo

Nossa tropa, vagabundo, trabalha com papo reto

E quando o assunto é mancada, eu prefiro ser analfabeto

Aqui o certo é o certo, o errado é o errado

O homem pode ter dois carros

Mas não pode ter dois papo

Mano a mano é esporte, na favela é liberado

Agora, da última forma, já é outro desenrolado

Esses guardinha são infeliz, nunca sabem o que diz

Nunca vi bom jogador trocar camisa com juiz

É porque os brabo tem nome, apesar de não ter pai

Nosso bonde é pesado e vai trocar até o fim

Caí na selva, pivete, eu e Deus, e um canivete

Matei os bicho, fiz churrasco, andei de casacos de pele

Não trava nem super-aquece, minha caneta fede a morte

Por isso tão me chamando de DK-47 (ahn)

Chamei poetas que sobrevivem a dias de insônia

Incendiando essa Babilônia, e vão se eternizar

Cumpri as metas que disseram que eu não ia dar conta

Vou mostrar que nome carrega honra

Você é sua palavra, sua palavra, sua palavra

Sua palavra, sua palavra

Sua palavra (sua palavra)

R.U.A 2 (Poetas da Babilônia) Nocivo Shomon/Leal/Allex Flores - 歌词和翻唱